Izabel Sadalla Grispino *
Reforcemos o pensamento: educar não é apenas informar; é, principalmente, formar; não é só passar conhecimento; é processo bem mais amplo, envolvendo o ser humano como um todo, na sua integralidade, em corpo, em mente, em alma. Para um desenvolvimento harmonioso da personalidade, a convivência com crianças da mesma faixa etária é imprescindível. Afastar a criança dessa convivência poderá significar distúrbios no seu comportamento. O indivíduo cresce com o outro, aprende com o outro, com o outro amplia a visão de mundo, equilibra suas emoções. O grupo-classe favorece o pensar com o outro, o pensar num contexto intersubjetivo. A escola ajuda a socialização, ensina conviver, desenvolver o relacionamento interpessoal.
O contato entre humanos é como um espelho, onde um se mira no outro, se revê, analisa as falhas e se corrige com o outro. Entre eles, ocorre um aprendizado mútuo, uma crítica, que reverte favorável ao próprio comportamento.
Por isso, em termos de personalidade, de crescimento pessoal, a criança que aprende sozinha em casa fica prejudicada, perde ao invés de ganhar, isto é, mesmo que ganhe nos aspectos conceituais, perde nos atitudinais, nos comportamentais. Ela necessita da companhia de outras crianças, precisa circular por outros espaços para se desenvolver bem e aprender a lidar com a diversidade, ajustando-se melhor à vida em sociedade.